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Ele nos dá um novo nome.


Vemos na Bíblia, relatos de personagens que se relacionam com Deus e tem seus nomes mudados em reflexo à mudança impactante que suas histórias sofrem.

O nome que recebemos é um destino que nossos pais liberam sobre nós, nosso próprio nome é uma das primeiras coisas que aprendemos a identificar quando bebês, o que nos identifica como indivíduo e provavelmente a palavra que mais ouviremos e falaremos ao longo de toda a nossa vida.

Desde os tempos mais antigas o ser humano nomeia sua prole com um nome que carregue significado representativo e em algumas culturas, esperava-se a criança nascer para nomeá-la de acordo com suas características. A Bíblia está repleta de relatos assim, como por exemplo o do filho mais velho do patriarca Isaque, que recebeu o nome Esaú, que significa peludo, exatamente por ter nascido com o corpo coberto de pelos (Gênesis 25:25) e Jabes, cujo nome significa dor, por sua mãe ter dado a luz em meio ao sofrimento (1 Crônicas 4:9).

Mas duas outras histórias se destacam no aspecto "nome" , e são as histórias de Abrão e Jacó, que após um encontro com o Senhor tem suas histórias transformadas e consequentemente recebem também nomes novos.

Abrão cujo nome significa "pai excelente", aos noventa e nove anos apenas havia se tornado pai do filho de sua serva Hagar, construindo uma cadeia de problemas familiares; anos antes, também havia sido a figura paterna de seu sobrinho Ló que ficara órfão, mas mesmo vendo Abrão desenvolvendo a paternidade sobre ele, o rapaz acabou se distanciando e envolvendo-se em diversos problemas; Abrão ainda era casado com uma mulher estéril, que não podia lhe dar filhos e isso nos leva a pensar que já em idade avançada, ele não tinha cumprido aquilo que seu nome carregava, não era um pai excelente.

E o que poderíamos dizer de Jacó? Nascido agarrado ao pé de seu irmão gêmeo, recebe o nome que significa "trapaceiro" e este sim, fazendo justiça a seu nome, trilha caminhos de desonestidade, enganando seu irmão para roubar-lhe a primogenitura, depois tramando com sua mãe e enganando a seu pai, incorrendo em um distanciar-se da família quase que em fuga para não morrer pelas consequências de seus atos.

Mas tudo muda quando o fracasso do "pai excelente" e a corrupção do "trapaceiro" se encontram com o Senhor Deus. É neste encontro com o criador de todas as coisas, que Abrão se torna Abraão (Gênesis 17:5) e Jacó se torna Israel (Gênesis 32:27).

Deus ressignifica a história de Abraão, dizendo que o havia escolhido como "pai de nações", destinando-o a uma missão que tirava o foco de si mesmo, de ser excelente ou conhecido por ser um bom pai, para a missão de gerar uma nação para Deus e glorificar o Seu nome.

Deus muda o nome do Jacó para Israel, que significa "príncipe de Deus", fazendo-o ser conhecido por quem pertence ao Eterno e nomeando assim toda a nação que pertence a Deus para sempre: a nação de Israel.


Se o nome que temos nos dá identidade e determina o nosso destino, é claro que ao recebermos a transformação de vida que flui da mensagem do evangelho para nós, uma vez alcançados, o Senhor ressignifica aquilo que era vergonha e pecado para algo que vai glorificar o Seu nome. Como Ele poderia permitir que algo lindo continue sendo chamado de feio?

Se antes você era chamado de prostituto, mentiroso, bastardo, ladrão, inútil, ou qualquer outro destino que te deram, hoje como um remido por Cristo, Deus te chama de filho, sacerdócio, escolhido, santo e mais do que vencedor. Isso significa que os nomes que a sua família, a sociedade ou até mesmo você se deu, não são o seu destino de vida e que existe a possibilidade de ressignificação da sua história através da remissão do sangue de Cristo.

Deus ressignifica histórias porque transforma pessoas. Ele nos dá um novo nome.

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